terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Raça Espanhola





Breve História


"Como o nome indica, este canário é originário de Espanha, concrectamente das regiões da Catalunha e Andaluzia. Já por volta do ano 1918 criavam-se os primeiros "Raças Espanholas" ou canários miniatura, uma pequena maravilha com penas, logicamente que os seus antepassados, foram os canários silvestres das Ilhas Canárias, Açores e Madeira.



A criação desta raça, teve uma grande difusão, especialmente na região da Catalunha, nos anos 1928 a 1930, mas como consequência da Guerra Civil Espanhola, praticamente desapareceu. Para beneplácito dos amantes da canaricultura em especial de porte e desta raça, ela conseguiu sobreviver.



Desde 1976 tem participado em todos os Mundiais, cada vez com maior número e melhor qualidade, com a participação de vários países, incluindo Portugal, sendo que o domínio pertence a Espanha e Itália.



O canário de porte "Raça Espanhola", é uma ave já com alguns bons criadores no nosso país. Dia para dia está a criar mais adeptos, pela sau vivacidade e beleza, pelo seu pequeno tamanho, pela variedade de cores, tanto melanicas como lipocromas ou variegadas e talvez pela dificuldade em obtermos aves mais pequenas cativa a paixão por esta ave.


Exposições

Para as exposições, pelo seu reduzido tamanho, escolhemos as fêmeas e os intensivos. Os verdes, ou cinzentos melanicos pelo factor óptico, fazendo parecer ser mais pequenos em igualdade de situação com os amarelos ou os brancos lipocromos o que irá beneficiar nos resultados finais.


É fundamental que o "Raça Espanhola", pelo seu estilo livre e ágil, vá para uma exposição devidamente adaptado à gaiola "tipo border", para o juiz poder observar as qualidades desta pequena ave."

Raça Espanhola - Standards



Descrição Técnica


"Não se deve entender por canário miniatura, uma ave raquítica ou degenerada, mas ao contrário, devemos ter presente uma ave em perfeito estado de saúde, cheia de vitalidade, agilidade, harmonia proporcionada, que são algumas das suas características, onde sobressai a principal que é o seu tamanho pequeno.


Tamanho


A longitude, medida desde o vértice do bico, até à porte extrema da cauda, deve ter como tamanho máximo 11,5cm, dimensões realmente difíceis de obter.


Alguns canaricultores, já fizeram hibridações com os serezinos ou chamarizes "serinus serinus", com o objectivo de obter uma ave mais pequena. Com esta hibridação, dotam-se as aves com uma porção de genética, que proporciona a fixação de um tamanho menor, mas também, deixando dados negativos, que os isola completamente das características do "Raça Espanhola".


Dorso e Peito


Os ombros devem ser estreito, devendo para tal constituir um prolongamento suave do pescoço, no encontro com o dorso.


O peito, deve ser estreito, fino e sem proeminências, sendo esta uma das características mais importantes, na hora de julgar uma boa ave.


Cabeça e Pescoço


A cabeça deve ser pequena e em forma de avelã, separada do corpo por um pescoço estreito, o qual facilitará o início de um dorso e peito lisos, sem redondezas.


A cauda, deve ser curta, proporcional ao corpo, fechada e acabando ligeiramente bifurcada semelhante ao rabo dos peixes.


Patas, Coxas e Bico


Um dos defeitos mais vulgares, é a existência de patas excessivamente longas, com dedos grandes e grossos, e bicos desproporcionados. Talvez os motivos sejam, a dificuldade em reduzir as zonas córneas em relação à plumagem.


As coxas devem ser praticamente invisíveis, característica difícil de obter em aves de plumagem intensa. Os tarsos, devem ser curtos (14mm) e os dedos pequenos.


O bico, deve ser pequeno, curto e cónico.


Plumagem e Cor


A plumagem, deve ser sedosa, densa, lisa, brilhante, sem frisos, bem aderente ao corpo, sem que se notem fraldas de penas nas zonas depenadas.


Na cor, são admitidas todas, excepto a coloração artificial, Tradicionalmente o "Raça Espanhola" era cor verde ou amarelo, existindo agora as cores cinzenta, branca dominante, Isabel, marfim, castanha, ágata e variegados. Existem actualmente, aves com qualidade em qualquer destes factores. Eu em particular, gosto mais de aves com factor melanico.


Para exposições, são preferíveis as aves de plumagem intensiva, pelo menor tamanho que geralmente apresentam devido à plumagem, tendo maior facilidade em obter bons resultados face ao standard da raça."

Raça Espanhola - Selecção Reprodutores 



Selecção de Reprodutores


"A melhor selecção, está na escolha das aves mais pequenas, com as proporções adequadas.


É um facto, que as aves com o efectuar da segunda muda, adquirem um ligeiro aumento de tamanho, constituindo por essa razão um meio adequado de selecção dos reprodutores. Elegemos aqueles, que menor crescimento tenham sofrido, para isso, devemos, sistematicamente, efectuar medições às aves. A primeira medição, deve ser feita, após a primeira muda, a segunda na altura do acasalamento e a terceira depois da segunda muda.


Os apontamentos de tais medições, permitirão obtermos claramente, a evolução de cada ave, descartando de uma vez aquelas que têm tendência a crescer desmesuradamente, devemos ter sempre em atenção, que, na descendência é mais fácil reduzir o comprimento do que a estrutura óssea exagerada."

Raça Espanhola - Reprodução 



Reprodução

"Como já foi referido, o ideal é termos um casal de boa qualidade, mas infelizmente ta coisa, muitas vezes não acontece, para tal temos de nos conformar com aves de menor qualidade e assim irmos seleccionando as melhores, e algumas vezes se for necessário, com recurso à consanguinidade, com o intuito de irmos fixando os caracteres mais importantes, das distintas aves.


Uma vez obtida uma selecção de aves de qualidade idêntica, entramos no sistema dos acasalamentos. A regra básica a ter em consideração, é a da compensação de caracteres dos pais, porque uma inconformidade especifica, numa ave, deve ser compensada com outra ave, devidamente em conformidade.


É pratica comum, considera-se que os acasalamentos do "Raça Espanhola" devem ser feitos com aves de plumagens intensivas, isto não é correcto, porque, é importante termos no nosso canaril alguns nevados de plumagem, e inclusive mosaicos, com o intuito de compensar as inconformidades de aves provenientes de acasalamento entre intensivos."

Raça Espanhola - Alimentação

Alimentação

"A alimentação no "Raça Espanhola" é das coisas mais importantes.


Se queremos obter aves de pequeno tamanho, a sua alimentação não pode ter o mesmo valor energético, vitaminado e proteico, dos outros canários de porte, os chamados de grande porte, casos do Yorkshire, Lancashire, Norwich, Border, Crest, Parisience, Gigante Italiano, etc..


Uma alimentação forte não ajuda em nada o standard da raça, ao nosso canário miniatura logicamente não vamos dar uma dieta rigorosa, mas sim básica e ajustada a esta raça.


Por exemplo, no meu caso, uso uma mistura de sementes nas seguintes proporções: alpista 75%, perilha 20%, nabo 5% em época de criação; durante a muda, alpista 65%, perilha 25%, nabo 5% e linhaça 5% no período de repouso alpista 75% e perilha 25%.


Quanto a papas, uso as que tenham poucas proteínas, este ano a partir de Fevereiro, usei a papa húmida com ovo, por ser uma papa com baixo teor de proteína incluída, 13%, trazendo em separado um saco de 50gr. com as vitaminas, aminoácidos e restantes complementos, podendo o criador dosear conforme as necessidades e as raças que criar.


Durante as criações e muda, dou germinado especial todos os dias. Ponho a demolhar durante 6 horas, com 3 e 4 gotas de SANI_YODO, lavo muito bem lavado e coloco a germinar até 24 horas, isso faço todos os dias, não guardo germinado no frigorífico, Durante a criação administro alface* a todos os meus "Raças espanholas".

O CANÁRIO HOSO JAPONÊS

Este canário de porte deve a sua origem aos criadores japoneses, desde 1925, a partir dos canários europeus (Bossu Belga e Scotch Fancy) e mais particularmente ao Sr. Nakamura no seu canaril de “Hosel” , donde saiu o nome de HOSO.

Os japoneses esforçaram-se por obter um canário longo e esbelto mas que se assemelhava muito com o canário de raça inglesa Scotch Fancy.

Para os criadores japoneses, os canários de tamanho diminuto não eram atractivos, daí eles desistirem da sua criação e os terem vendido e exportado para a Europa. Foi a sua pequenês e a sua elegante silhueta que atraiu alguns dos mais experientes e endinheirados criadores do velho continente.

Criadores belgas e alemães iniciaram uma criação paralela afim de estabilizar o seu standard e de o poderem finalmente apresentar no Congresso de Antibes em 1974.

O standard foi aceite por unanimidade com a condição de que o HOSO JAPONÊS fosse durante dois anos presente ao Campeonato do Mundo.

Desde o seu aparecimento o HOSO passou por várias alterações até ao reconhecimento como raça oficial, concedido pela OMJ em 1976.

Hoje em dia o HOSO é um canário de porte com grande implantação em todo o mundo, contudo com mais incidência na Europa. È uma miniatura do Scotch Fancy, variando apenas no tamanho. Enquanto o canário Scotch Fancy tem de comprimento 17 cm , o HOSO não deve ultrapassar os 11.5 cm. O formato do corpo deve ser em arco-forma de meia lua, cilindrico, sendo a cauda um prolongamento do dorso, tocando o poleiro.

A cabeça deve ser pequena, oval e em forma de serpente. Trata-se de uma raça que cria bem, não necessitando de amas. Para se obter bons exemplares, deve evitar-se não só a consanguinidade directa, como usar o sistema de cruzamento comum a todas as variedades de canários: cruzar sempre intenso com nevado.

O cruzamento de duas aves nevadas, origina o excesso de plumagem e consequente falta de aderência da mesma o que implica penalização no julgamento.

No HOSO são permitidas todas as cores: pintos e unicolores, inclusive o vermelho. No Scotch Fancy a cor vermelha é interdita. A gaiola utilizada para exposição é a do Border com dois poleiros.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

60ªCAMPEONATO MUNDIAL ORNITOLOGIA DE ESPANHA - ALMERIA 2012
60ªCAMPEONATO MUNDIAL ORNITOLOGIA  DE ESPANHA - ALMERIA 2012
De 20 A 22 DE JANEIRO 2012