terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Raça Espanhola





Breve História


"Como o nome indica, este canário é originário de Espanha, concrectamente das regiões da Catalunha e Andaluzia. Já por volta do ano 1918 criavam-se os primeiros "Raças Espanholas" ou canários miniatura, uma pequena maravilha com penas, logicamente que os seus antepassados, foram os canários silvestres das Ilhas Canárias, Açores e Madeira.



A criação desta raça, teve uma grande difusão, especialmente na região da Catalunha, nos anos 1928 a 1930, mas como consequência da Guerra Civil Espanhola, praticamente desapareceu. Para beneplácito dos amantes da canaricultura em especial de porte e desta raça, ela conseguiu sobreviver.



Desde 1976 tem participado em todos os Mundiais, cada vez com maior número e melhor qualidade, com a participação de vários países, incluindo Portugal, sendo que o domínio pertence a Espanha e Itália.



O canário de porte "Raça Espanhola", é uma ave já com alguns bons criadores no nosso país. Dia para dia está a criar mais adeptos, pela sau vivacidade e beleza, pelo seu pequeno tamanho, pela variedade de cores, tanto melanicas como lipocromas ou variegadas e talvez pela dificuldade em obtermos aves mais pequenas cativa a paixão por esta ave.


Exposições

Para as exposições, pelo seu reduzido tamanho, escolhemos as fêmeas e os intensivos. Os verdes, ou cinzentos melanicos pelo factor óptico, fazendo parecer ser mais pequenos em igualdade de situação com os amarelos ou os brancos lipocromos o que irá beneficiar nos resultados finais.


É fundamental que o "Raça Espanhola", pelo seu estilo livre e ágil, vá para uma exposição devidamente adaptado à gaiola "tipo border", para o juiz poder observar as qualidades desta pequena ave."

Raça Espanhola - Standards



Descrição Técnica


"Não se deve entender por canário miniatura, uma ave raquítica ou degenerada, mas ao contrário, devemos ter presente uma ave em perfeito estado de saúde, cheia de vitalidade, agilidade, harmonia proporcionada, que são algumas das suas características, onde sobressai a principal que é o seu tamanho pequeno.


Tamanho


A longitude, medida desde o vértice do bico, até à porte extrema da cauda, deve ter como tamanho máximo 11,5cm, dimensões realmente difíceis de obter.


Alguns canaricultores, já fizeram hibridações com os serezinos ou chamarizes "serinus serinus", com o objectivo de obter uma ave mais pequena. Com esta hibridação, dotam-se as aves com uma porção de genética, que proporciona a fixação de um tamanho menor, mas também, deixando dados negativos, que os isola completamente das características do "Raça Espanhola".


Dorso e Peito


Os ombros devem ser estreito, devendo para tal constituir um prolongamento suave do pescoço, no encontro com o dorso.


O peito, deve ser estreito, fino e sem proeminências, sendo esta uma das características mais importantes, na hora de julgar uma boa ave.


Cabeça e Pescoço


A cabeça deve ser pequena e em forma de avelã, separada do corpo por um pescoço estreito, o qual facilitará o início de um dorso e peito lisos, sem redondezas.


A cauda, deve ser curta, proporcional ao corpo, fechada e acabando ligeiramente bifurcada semelhante ao rabo dos peixes.


Patas, Coxas e Bico


Um dos defeitos mais vulgares, é a existência de patas excessivamente longas, com dedos grandes e grossos, e bicos desproporcionados. Talvez os motivos sejam, a dificuldade em reduzir as zonas córneas em relação à plumagem.


As coxas devem ser praticamente invisíveis, característica difícil de obter em aves de plumagem intensa. Os tarsos, devem ser curtos (14mm) e os dedos pequenos.


O bico, deve ser pequeno, curto e cónico.


Plumagem e Cor


A plumagem, deve ser sedosa, densa, lisa, brilhante, sem frisos, bem aderente ao corpo, sem que se notem fraldas de penas nas zonas depenadas.


Na cor, são admitidas todas, excepto a coloração artificial, Tradicionalmente o "Raça Espanhola" era cor verde ou amarelo, existindo agora as cores cinzenta, branca dominante, Isabel, marfim, castanha, ágata e variegados. Existem actualmente, aves com qualidade em qualquer destes factores. Eu em particular, gosto mais de aves com factor melanico.


Para exposições, são preferíveis as aves de plumagem intensiva, pelo menor tamanho que geralmente apresentam devido à plumagem, tendo maior facilidade em obter bons resultados face ao standard da raça."

Raça Espanhola - Selecção Reprodutores 



Selecção de Reprodutores


"A melhor selecção, está na escolha das aves mais pequenas, com as proporções adequadas.


É um facto, que as aves com o efectuar da segunda muda, adquirem um ligeiro aumento de tamanho, constituindo por essa razão um meio adequado de selecção dos reprodutores. Elegemos aqueles, que menor crescimento tenham sofrido, para isso, devemos, sistematicamente, efectuar medições às aves. A primeira medição, deve ser feita, após a primeira muda, a segunda na altura do acasalamento e a terceira depois da segunda muda.


Os apontamentos de tais medições, permitirão obtermos claramente, a evolução de cada ave, descartando de uma vez aquelas que têm tendência a crescer desmesuradamente, devemos ter sempre em atenção, que, na descendência é mais fácil reduzir o comprimento do que a estrutura óssea exagerada."

Raça Espanhola - Reprodução 



Reprodução

"Como já foi referido, o ideal é termos um casal de boa qualidade, mas infelizmente ta coisa, muitas vezes não acontece, para tal temos de nos conformar com aves de menor qualidade e assim irmos seleccionando as melhores, e algumas vezes se for necessário, com recurso à consanguinidade, com o intuito de irmos fixando os caracteres mais importantes, das distintas aves.


Uma vez obtida uma selecção de aves de qualidade idêntica, entramos no sistema dos acasalamentos. A regra básica a ter em consideração, é a da compensação de caracteres dos pais, porque uma inconformidade especifica, numa ave, deve ser compensada com outra ave, devidamente em conformidade.


É pratica comum, considera-se que os acasalamentos do "Raça Espanhola" devem ser feitos com aves de plumagens intensivas, isto não é correcto, porque, é importante termos no nosso canaril alguns nevados de plumagem, e inclusive mosaicos, com o intuito de compensar as inconformidades de aves provenientes de acasalamento entre intensivos."

Raça Espanhola - Alimentação

Alimentação

"A alimentação no "Raça Espanhola" é das coisas mais importantes.


Se queremos obter aves de pequeno tamanho, a sua alimentação não pode ter o mesmo valor energético, vitaminado e proteico, dos outros canários de porte, os chamados de grande porte, casos do Yorkshire, Lancashire, Norwich, Border, Crest, Parisience, Gigante Italiano, etc..


Uma alimentação forte não ajuda em nada o standard da raça, ao nosso canário miniatura logicamente não vamos dar uma dieta rigorosa, mas sim básica e ajustada a esta raça.


Por exemplo, no meu caso, uso uma mistura de sementes nas seguintes proporções: alpista 75%, perilha 20%, nabo 5% em época de criação; durante a muda, alpista 65%, perilha 25%, nabo 5% e linhaça 5% no período de repouso alpista 75% e perilha 25%.


Quanto a papas, uso as que tenham poucas proteínas, este ano a partir de Fevereiro, usei a papa húmida com ovo, por ser uma papa com baixo teor de proteína incluída, 13%, trazendo em separado um saco de 50gr. com as vitaminas, aminoácidos e restantes complementos, podendo o criador dosear conforme as necessidades e as raças que criar.


Durante as criações e muda, dou germinado especial todos os dias. Ponho a demolhar durante 6 horas, com 3 e 4 gotas de SANI_YODO, lavo muito bem lavado e coloco a germinar até 24 horas, isso faço todos os dias, não guardo germinado no frigorífico, Durante a criação administro alface* a todos os meus "Raças espanholas".

O CANÁRIO HOSO JAPONÊS

Este canário de porte deve a sua origem aos criadores japoneses, desde 1925, a partir dos canários europeus (Bossu Belga e Scotch Fancy) e mais particularmente ao Sr. Nakamura no seu canaril de “Hosel” , donde saiu o nome de HOSO.

Os japoneses esforçaram-se por obter um canário longo e esbelto mas que se assemelhava muito com o canário de raça inglesa Scotch Fancy.

Para os criadores japoneses, os canários de tamanho diminuto não eram atractivos, daí eles desistirem da sua criação e os terem vendido e exportado para a Europa. Foi a sua pequenês e a sua elegante silhueta que atraiu alguns dos mais experientes e endinheirados criadores do velho continente.

Criadores belgas e alemães iniciaram uma criação paralela afim de estabilizar o seu standard e de o poderem finalmente apresentar no Congresso de Antibes em 1974.

O standard foi aceite por unanimidade com a condição de que o HOSO JAPONÊS fosse durante dois anos presente ao Campeonato do Mundo.

Desde o seu aparecimento o HOSO passou por várias alterações até ao reconhecimento como raça oficial, concedido pela OMJ em 1976.

Hoje em dia o HOSO é um canário de porte com grande implantação em todo o mundo, contudo com mais incidência na Europa. È uma miniatura do Scotch Fancy, variando apenas no tamanho. Enquanto o canário Scotch Fancy tem de comprimento 17 cm , o HOSO não deve ultrapassar os 11.5 cm. O formato do corpo deve ser em arco-forma de meia lua, cilindrico, sendo a cauda um prolongamento do dorso, tocando o poleiro.

A cabeça deve ser pequena, oval e em forma de serpente. Trata-se de uma raça que cria bem, não necessitando de amas. Para se obter bons exemplares, deve evitar-se não só a consanguinidade directa, como usar o sistema de cruzamento comum a todas as variedades de canários: cruzar sempre intenso com nevado.

O cruzamento de duas aves nevadas, origina o excesso de plumagem e consequente falta de aderência da mesma o que implica penalização no julgamento.

No HOSO são permitidas todas as cores: pintos e unicolores, inclusive o vermelho. No Scotch Fancy a cor vermelha é interdita. A gaiola utilizada para exposição é a do Border com dois poleiros.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

60ªCAMPEONATO MUNDIAL ORNITOLOGIA DE ESPANHA - ALMERIA 2012
60ªCAMPEONATO MUNDIAL ORNITOLOGIA  DE ESPANHA - ALMERIA 2012
De 20 A 22 DE JANEIRO 2012

terça-feira, 29 de novembro de 2011

GENÉTICA PARA INICIANTES

Eliane Seixas e Gilberto Seixas
Revista UGCC 2006


A variedade de cores e raças que multiplicam e embelezam nossos canários, atrai, a cada dia, novos adeptos à Canaricultura. Este efeito visual de forma é obtido pelo controle genético que os criadores possuem e empregam ao acasalarem suas matrizes. Aliás, é exatamente este controle genético que aprimora a qualidade técnica das cores e forma, que difere a criação de canários de cor de parte da criação dos chamados canários “belgas” ou “salsas”.
O conhecimento de genética é indispensável quando se pretende alcançar posição de destaque dentro da Canaricultura.
Os criadores de canários dominando esta ciência, poderão melhor entender o que acontece em seus criadouros e optarem, com maior êxito, na seleção de matrizes objetivando avanços na produtividade e principalmente, na elevação do padrão técnico dos pássaros.
Enfocaremos aqui ciência de uma forma prática, sem nos atermos à complexidade das fórmulas genéticas e às análises mitológicas, que se fariam necessárias para maior aprofundamento no assunto.

Definição
Genética é o ramo da Biologia que estuda a transmissão das características físicas e biológicas de uma geração para a seguinte, sendo considerada a ciência da hereditariedade.
Essas características são armazenadas em estruturas especiais denominadas genes.

A Transmissão Genética
A reprodução dos canários é sexuada, sendo o casal (pai e mãe) responsável pelas características do seu filho.
É no ato da fecundação do óvulo pelo espermatozóide, que o zigoto se forma e recebe todas as informações dos pais que, em conjunto, definirão o Genótipo e a base do Fenótipo do pássaro a ser formado.
Conheça o significado de alguns termos utilizados em genética:

ZIGOTO: É a célula formada da união do gameta masculino (espermatozóide) e feminino (óvulo) que dará origem ao novo filhote.

GENÓTIPO: É o conjunto de genes que definem a formação de todas as características do indivíduo. É o seu patrimônio genético.

FENÓTIPO: É a aparência externa do pássaro. O Fenótipo depende dos genes que o pássaro possua em seu genótipo, mas também de uma série de outros elementos como: alimentação, ambiente, luz solar, etc.

As Mutações
O canário ancestral que ainda vive em seu “habitat” natural nas Ilhas Canárias é semelhante ao Verde Nevado existente hoje em nossos criadouros.
Foi a beleza de seu canto suave que despertou no Homem o desejo de tentar reproduzi-lo em cativeiro, onde ocorram, aleatoriamente, inúmeras Mutações, isto é, modificações genéticas, que foram percebidas e fixadas pelo homem, acentuando a máxima: criar é preservar.
Esta fixação no patrimônio genético da espécie, foi obtida através de cruzamentos entre pais e filhos, permitindo as variações belíssimas de cores e raças que hoje existem.
A mutação ocorre quando existe alteração em um os genes, modificando algumas características esperadas na prole.
Quando ocorre uma mutação o gene passa a existir de duas formas distintas:
-forma original (características já existentes)
-forma mutante (nova característica)

Exemplo 1:
De um casal de Verdes nasceram filhotes Verdes e Canelas.
Observa-se que alguns filhotes possuem a característica esperada, ou seja, a cor Verde.
Os filhotes Canelas nasceram com características modificada, ou seja, a cor Canela, que, portanto, é uma mutação.
Algumas informações para cores estão ligadas à informação do sexo que os pais transmitem ao filhote que neste caso, são chamadas de cores sexo-ligadas. Porém, outras estão livres da informação sexual, sendo denominadas não ligadas ao sexo ou autossomais.

As Mutações Sexo-ligadas
Existem várias mutações de cores que se encontram ligadas à informação sexual, a saber: ágata, canela, isabelino, pastel, acetinado, marfim, asas cinza e inos lipocrômicos (Albinos, Lutinos e Rubinos).
Atenção: a cor Verde não é mutação; é o fator original oriundo do silvestre, entretanto, também ligado ao sexo.
Nas mutações sexo-ligadas, quando os exemplares machos possuem certa mutação em seu patrimônio genético, podem se comportar de dois modos distintos:
1-mostrando a mutação em seu fenótipo: neste caso são mutantes.
2-não mostrando a mutação em seu fenótipo: neste caso são chamados de portadores.
No primeiro caso, eles são chamados Homozigotos, possuem uma única informação genética.
No segundo caso, eles são ditos Heterozigotos, pois possuem duas informações: uma original que prevalece no fenótipo e a outra mutante que fica escondida no genótipo.
Atenção: As fêmeas deste grupo só podem apresentar a mutação em seu fenótipo, não podendo ser portadoras de qualquer destas mutações. São chamadas, por isto, e Hemizigotas, pois só recebem informações para cores sexo-ligadas fornecidas pelo pai.
Estes termos utilizados acima podem ser melhor entendidos, lembrando o significado dos prefixos gregos usados para formulá-las:

-Homo = igual;
-Hétero = diferente;
-Hemi = metade.
No exemplo 1 anteriormente citado, o Macho Verde seria Homozigoto (não portanto nenhuma cor) se tivessem nascido somente filhotes Verdes. Porém, como nasceram filhotes Canelas, ele é dito Heterozigoto (portador de outra cor), ou seja, é um Verde portador de Canela.
Quando uma cor se manifesta no Fenótipo “escondendo” o efeito de outra cor, ela é dita Dominante. A cor que ficou escondida é dita Recessiva (ou seja, dominada).
Concluímos que, para uma cor recessiva aparecer no fenótipo do canário, existe a necessidade desta estar em dose dupla no genótipo (informação fornecida pelo Pai e pela Mãe), porque se assim não for, ela ficará escondida pela cor dominante que estiver presente.

Atenção: Todas as mutações sexo-ligadas são recessivas.
Ainda em relação ao exemplo 1, podemos afirmar que os filhotes Canelas que nasceram são fêmeas, pois para que nascessem Machos Canelas, seria obrigatório que a reprodutora fosse Canela.
Isto ocorre porque, quando a mutação é sexo-ligada, para que nasçam filhotes machos com fenótipo mutante, é obrigatório que esta informação genética seja transmitida pelo pai e pela mãe.
Obs: Qualquer mutação recessiva sempre se comporta do mesmo modo, descrito acima.
Relação de Dominância entre os canários melânicos sexo-ligados
Existe uma escala de Predominância entre as Cores dos Canários Melânicos, já que certa mutação pode ser dominante em relação a uma recessiva em relação a outra.
Por exemplo: o Ágata é recessivo em relação ao Verde, sendo dominante em relação ao Isabelino.
Veja o quadro abaixo e observe a escala de Dominância entre as mutações melânicas sexo-ligadas:


Atenção: qualquer destas cores pode portar a seguinte, obedecendo sempre o sentido das flechas. Porém, nenhuma delas poderá portar a outra, no sentido contrário das flechas.
Observando o quadro acima concluímos que:
-O Verde pode portar Ágata, Canela, Isabelino, Acetinado e Pastel.
-O Ágata pode portar Isabelino, Acetinado e Pastel.
-O Canela pode portar Isabelino, Acetinado e Pastel.
-O Isabelino pode portar Acetinado e Pastel.
-Não existe relação de dominância entre Ágata e Canela. Logo, Ágata não pode portar Canela e nem Canela Portar Ágata.
Obs: A mutação MARFIM, embora faça parte do grupo das mutações sexo-ligadas, não afeta as melaninas, e por isso, não aparece no quadro acima. Sua atuação se limita apenas ao lipocromo amarelo ou vermelho. Por outro lado, como qualquer canário melânico também pode possuir lipocromo, este pode estar afetado pelo fator Marfim, direto ou indiretamente, isto é, sendo Marfim ou portador de Marfim.
Acasalamento
Faremos um quadro abaixo, onde através dele, você conseguirá obter os resultados para os acasalamentos dos exemplos com mutações sexo0ligadas.
Para que você possa entende-lo melhor, precisará antes se familiarizar com os termos: Puro, Normal e Portador, para que consiga sucesso em seu uso.
Normal: exemplar dominante em relação ao outro elemento do casal (veja o quadro de dominância anterior).
Puro ou Mutante: exemplar que apresenta a mutação em seu fenótipo.
Portador: exemplar heterozigoto, ou seja, aquele que porta a cor mutante.
Exemplos:
1-Entre os exemplares: Canela, Canela Pastel e Canela portador de pastel, temos:
Normal: Canela
Puro: Canela Pastel
Portador: Canela portador de Pastel.
2-Entre os exemplares: Verde, Canela e Verde portador de Canela, temos:
Normal: Verde
Puro: Canela
Portador: Verde portados de Canela.
Atenção: veja pelos dois exemplos anteriores que o Canela é um Puro (mutante) quando em confronto com o Verde, porém é um Normal quando em confronto com o Pastel.
Lembre-se que a dominância dependerá das cores que estarão se confrontando.
Devemos acasalar as mutações sexo-ligadas segundo o esquema abaixo:
Reproduções Filhotes
Macho Puro x Fêmea Normal Macho Portador
Fêmea Pura

Macho Normal x Fêmea Pura Macho Portador
Fêmea Normal

Macho Portador x Fêmea Pura Macho Puro
Macho Portador
Fêmea Normal
Fêmea Pura

Macho Puro x Fêmea Pura Macho Puro
Fêmea Pura

As Mutações Autossomais
As mutações autossomais são aquelas que ocorrem em genes independentemente do sexo dos pais.
Tanto machos quanto fêmeas poderão ser portadores da mutação.
As mutações autossomais podem ser:
a)Dominantes: Intenso e Branco Dominante, onde o Intenso domina o Nevado e o Branco Dominante domina o Amarelo;
b)Recessivas: Branco, Opalino, e Feo, onde o Branco é recessivo em relação ao Amarelo assim como o Opalino e o Feo são recessivos em relação aos seus genes originais.
Nas mutações autossomais, para que os filhotes apresentem a mutação no Fenótipo, independendo do sexo destes, é obrigatório que os reprodutores (pai e mãe) sejam mutantes ou portem a mutação. Sendo os reprodutores ditos Homozigotos Recessivos ou Heterozigotos, respectivamente.
Exemplo:
De um casal de Verdes nasceram filhotes Verdes e Feos.
Podemos afirmar que o pai e a mãe são portadores da mutação Feo, porém nada podemos dizer a respeito do sexo dos filhotes, já que esta mutação não é sexo-ligada, ou seja, os filhotes obtidos podem ser machos ou fêmeas.
Se a mutação Feo fosse sexo-ligada, certamente todos os filhotes Feos seriam fêmeas. Concorda?
Acasalamento
Deve-se acasalar as mutações autossomais do seguinte modo:
Reprodutores Filhotes
Macho Puro X Fêmea Normal Macho Portador
ou Macho Normal e Fêmea Pura Fêmea Portadora

Macho Puro X Fêmea Portadora Macho Portador e Macho Puro
ou Macho Portador x Fêmea Pura Fêmea Portadora e Fêmea Pura

Macho Portador x Fêmea Portadora Macho Normal, Portador e Puro
Fêmea Normal, Portadora e Pura

Macho Puro x Fêmea Pura Macho Puro
Fêmea Pura

Observe que, pelos dois primeiros retângulos, o resultado será o mesmo se acasalarmos Macho “A” x Fêmea “B” ou Macho “B” x Fêmea “A”.
Exemplo 1:
Ao acasalarmos um macho Canela Opalino com uma fêmea Canela Portadora de Opalino, qual você consideraria?
a)Normal?
b)Puro?
c)Portador?
d)Qual o resultado esperado para os filhotes?

Respostas:
a)Canela
b)Canela Opalino
c)Canela portador de Opalino
d)Observando a tabela, podemos observar que nascerão, portanto:

Macho Portador Macho Canela Portador de Opalino
Macho Puro Macho Canela Opalino
Fêmea Portadora Fêmea Canela Portadora de Opalino
Fêmea Pura Fêmea Canela Opalino
Exemplo 2:
Ao acasalarmos um macho Feo (vindo de Canela) com uma fêmea Canela portadora de Feo, diga qual o exemplar considerado:
a)Normal?
b)Puro?
c)Portador?
d)Qual o resultado esperado para a prole?

Respostas:
a)Canela
b)Feo
c)Canela portador de Feo
d)Pelo visto, trata-se do acasalamento de Macho Puro x Fêmea Portadora
Logo, nascerão:

Macho Puro Macho Feo
Macho Portador Macho Canela Portador de Feo
Fêmea Pura Fêmea Feo
Fêmea Portadora Fêmea Canela Portadora de Feo

Exemplo 3:
Responda à questão anterior, caso o acasalamento fosse: Macho Canela portador de Feo x Fêmea Feo.

Resposta:
O resultado seria o mesmo, pois teríamos macho Portador x Fêmea Pura.

Comparações entre as transmissões sexo ligadas e autossomais
Sexo Ligada Autossomal
O fenótipo dos filhotes depende O fenótipo dos filhotes independe
do sexo dos pais. do sexo dos pais.

Para nascerem fêmeas mutantes Para nascerem fêmeas mutantes é
basta que o pai seja portador da mutação necessário que o pai e a mãe
portem a mutação.

As fêmeas homozigotas, ou seja, As fêmeas podem ser homozigotas
trazem informações de cores ou heterozigotas, ou seja, trazem
herdadas somente do pai informações herdadas do pai e da
mãe

O resultado do acasalamento dará O resultado do acasalamento dará
prole com diferentes características prole com as mesmas características
de cor, se acasalarmos Macho “A” x de cor, se acasalarmos um Macho
fêmea “B” ou um Macho “B” x Fêmea “A” “A” x Fêmea “B” ou um Macho “B” x
Fêmea “A”

Conclusão
Neste trabalho, abordamos a genética relacionada com as Cores dos Canários, porém, é importante ressaltarmos que as Leis de Genética são aplicadas a outros fatores como: Plumagem, Forma, Tamanho, Receptividade às Doenças, Capacidade Reprodutiva, etc.

Não se contente apenas com as informações expostas aqui. Após várias leituras, você vai observar que este nível de conhecimento já não responderá a algumas perguntas que estarão sendo necessárias. Esta será a hora de você passar à leitura de nível mais avançado.

A MUDA NOS PÁSSAROS ADULTOS

Embora sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a perder o brilho e desgastarem-se, precisando ser trocadas.
Trata-se de um processo normal na vida das aves, relacionado a fatores biológicos ligados aos hormônios produzidos pela tireóide.
A muda ocorre todos os anos e inicia-se após a época de cria, (não se deve permitir que se estenda demasiadamente a procriação, pois irá prejudicar a época ideal para a muda - verão). Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar suas penas facilmente e não passará de 6 a 8 semanas. Nesta época a ave pode perder boa parte das penas ao mesmo tempo, mantendo, entretanto, uma razoável quantidade para proteger o corpo e voar.
Se a temperatura estiver elevada, bastante quente, isso irá antecipar a muda do canário, por outro lado, terminará mais cedo. Em climas moderado e fresco, ela atrasa um pouco.
É recomendado fornecer ao pássaro uma dieta correta para esta ocasião. Uma alimentação rica em cálcio (osso de ciba), casca de ovo, vegetais, mistura de grãos com maior quantidade de óleo e farinhada com ovo. A água de beber será trocada diariamente e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos que contenha ferro.
Nos adultos a troca de penas do rabo, das asas, e demais penas inicia-se do centro para as extremidades. A muda das penas das asas ocorre simultaneamente em ambas e aos pares, no corpo ocorre a muda quase por inteiro, terminando na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com dificuldades, começar a aparecer à pele, isto não é normal para a época de muda e pode ter sido causado pela má alimentação ou outras causas, não pela muda.
Banhos de sol pela manhã (8 às 9 horas) ajudam bastante na muda. Mantenha a higiene das gaiolas, evite que o pássaro fique em correntes de ar e forneça banheiras com água limpa para banhos.
A MUDA NOS FILHOTES

Os filhotes nascem pelados com uma finíssima plumagem, e aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro. Os filhotes também mudam de pena em torno do terceiro ao quarto mês de vida, o que chamamos de muda de ninho. Mudam somente as penas do peito e da cabeça, pois as penas das asas e do rabo só mudarão no próximo ano.
MUDAS PRECOCES

As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas são trocadas fora de sua época normal.
Bruscas mudanças de ambiente, temperaturas muito elevadas, sustos anormais, luzes que acordam as aves durante o seu sono, entre outros fatores, são causadores de uma muda precoce.
Um pássaro que entra em muda precoce é um pássaro triste e sempre estará encorujado. Ele não cantará. Teremos que aguardar, com paciência, o término do processo. Isto poderá atrasar o "apronto" da ave para a reprodução.
Devemos trata-lo muito bem, administrando algumas vitaminas e evitando ao máximo incomoda-lo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

66ºCAMPEONATO NACIONAL DE ORNITOLOGIA
16 a 18 DE DEZEMBRO EM FAMALICÃO



60ªCAMPEONATO MUNDIAL ORNITOLOGIA DE ESPANHA - ALMERIA 2012

60ªCAMPEONATO MUNDIAL ORNITOLOGIA  DE ESPANHA - ALMERIA 2012
De 20 A 22 DE JANEIRO 2012

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Palmarés

Internacional em Braga 2011
( 3º Lugar - 367 pontos equipa Raça Espanhola Melanico Intenso)

Internacional em Braga 2011
( 3º Classificado - 367 pontos equipa Raça Espanhola Melanico Intenso)

Expo Vizela 2011

Ornishow Gondomar 2011
(1º Classificado - 359 pontos Equipa Raça Espanhola Unicolor)
(1º Classificado - Raça Espanhola Variegado)
(3º Classificado - Raça Espanhola Unicolor)
(2º Classificado - Hojo Japonês Variegado)


Ornishow Gondomar 2011
(1º Classificado - 359 pontos Equipa Raça Espanhola Unicolor)
(1º Classificado - Raça Espanhola Variegado)
(3º Classificado - Raça Espanhola Unicolor)
(2º Classificado - Hojo Japonês Variegado)